A preocupação com a sustentabilidade é uma tendência poderosa no comportamento dos consumidores.  Ela pode ser vista através do surgimento das novas leis de regulamentação do uso do plástico e dos vários compromissos globais que estão sendo feitos em busca de uma redução do uso de plásticos não recicláveis.

Muitos países se comprometeram a prevenir e a reduzir significativamente a poluição marinha de todos os tipos até 2025. Sendo assim, as empresas e os varejistas de bens de consumo estão ​​agindo para melhorar a sustentabilidade e repensando seus sistemas de embalagens. Apesar de todas essas mudanças significativas, este é um cenário promissor para produtores de embalagens que souberem focar em inovação.

Com adaptações ecologicamente sustentáveis, este setor pode oferecer um crescimento significativo e novas oportunidades. As indústrias estão sendo afetadas pelo apelo por materiais alternativos; portanto, é importante se concentrar no desenvolvimento de soluções.

Por que as embalagens são feitas de plástico?

As embalagens desempenham um papel fundamental na proteção dos alimentos, na prevenção do desperdício de recursos e na garantia da qualidade e segurança dos produtos. Os plásticos oferecem uma combinação de leveza, maleabilidade, disponibilidade, higiene e segurança. Por este motivo o plástico acaba sendo o material ideal para embalagens.

Outra propriedade interessante dos plásticos é a flexibilidade e liberdade no design, o que permite que a embalagem seja adaptada ao produto. De fato, o plástico não deve terminar na natureza e é por isso que as inovações vieram para ajudar a resolver essa questão.

Materiais e tecnologias alternativas

De acordo com o governo do Reino Unido, o lixo plástico nos oceanos triplicará na próxima década, pois cada peça leva centenas de anos para ser decomposta. Obviamente, é responsabilidade dos governos, empresas e cidadãos ajudar a agir contra o desperdício de plástico. Há algumas pesquisas em andamento sobre polietileno (PE) de base biológica e sobre polietileno tereftalato (PET) também de base biológica, uma vez que esses materiais são facilmente recicláveis com suas partes convencionais em fluxos de reciclagem já existentes. O PET de base biológica é fabricado a partir de etileno derivado da cana-de-açúcar. 

Algumas das aplicações mais recentes para formas alternativas de plástico incluem a nova tecnologia pioneira de conversão de resíduos de PET em material de grau virgem para uso. Ele funciona retirando resíduos de PET não reciclados – como garrafas coloridas – e quebrando-os até o nível da molécula base, enquanto separa a cor e outros contaminantes. As moléculas são convertidas novamente em PET, que detém características e qualidade iguais às da matéria-prima virgem. A tecnologia passou com sucesso seu estágio piloto e agora está caminhando para testes em escala industrial.

Produção ecológica

As impressoras 3D estão reduzindo o desperdício durante os estágios de pesquisa e desenvolvimento de embalagens, pois lentamente adicionam material a um item até sua conclusão. A maioria dos outros métodos usados atualmente para a fabricação de embalagens é subtrativa, mas com a fabricação aditiva você está construindo objetos de baixo para cima e usando apenas o material necessário. 

A impressão 3D também pode acelerar o desenvolvimento inicial de produtos por meio de prototipagem rápida. Isto ajuda as empresas a projetar vários moldes para que as embalagens possam ser fabricadas de maneira rápida e econômica. Assim, é possível reduzir o tempo e o custo necessários para levar um produto ao mercado.

Minimizar o desperdício

Parte da solução para diminuir os resíduos de plástico é concentrar na otimização dos materiais que já usamos. É possível usar a tecnologia que está sendo desenvolvida nos processos de produção. Isso ajudará a fornecer o material de forma inteligente no processo de moldagem destas novas embalagens. Uma solução para reduzir o desperdício nas etapas de design e processamento é usar as soluções de software. 

A importância de remodelar a economia dos materiais 

A aplicação dos princípios da economia circular aos fluxos globais de embalagens plásticas poderia remodelar a economia destes materiais. Além disso, ajudaria a reduzir drasticamente as consequências negativas. Por exemplo, a poluição dos oceanos. Para criar uma economia eficiente de plásticos após o uso, é importante começar a estabelecer um diálogo entre cadeias de valor. É importante criar um protocolo de plásticos em toda a indústria. Isso será útil para melhorar substancialmente os rendimentos e a qualidade da coleta, classificação e reprocessamento, além de permitir diferenças regionais.

Conclusão

O plástico tem seu lugar e esse lugar não é poluindo o ambiente. É possível manter esse material valioso na economia circular, onde ele pode ser reutilizado, reciclado ou compostado. O foco nas principais oportunidades de inovação com potencial de expansão deve continuar, como investimentos em materiais novos ou aprimorados e tecnologias de reprocessamento. Também é necessário haver um foco contínuo na adoção de embalagens plásticas reutilizáveis ​​e compostáveis ​​industrialmente.

Embora exista um certo grau de ceticismo em relação aos resíduos plásticos globais, existem aspectos da crise do plástico sob nosso controle. Além disso, temos oportunidades para demonstrar nosso compromisso como indústria e como cidadãos. Podemos lidera e ser pioneiros na realização de um ambiente mais seguro e sustentável.